segunda-feira, outubro 10, 2005

A eterna juventude

Nem o titulo nem o texto são meus. Digo já para não haver confusões.

Encontrei hoje uma XIS antiga (328 - 01/10/2005) e estive a ler a crónica da Faíza Hayat e achei que valeria a pena por aqui umas frases que ela menciona. Para contextualizar decidi abusar um bocadinho e colocar o paragrafo anterior e seguinte.

Aqui vai:

É costume dizer-se que faltam causas à juventude de hoje. Contudo, mais do que causa, o que me parece que falta à juventude, é juventude.
Não tenho a certeza de que os festivos confrontos de rua, em Paris, em Maio de 1968, tivessem muito a ver com causas. Recordemos, por exemplo, algumas das frases que os estudantes de então pintaram nos muros: "Quanto interrogados, responderamos com perguntas"; "Não queremos integrar uma sociedade em desintegração"; "A obediência começa pela consciência e a consciência pela desobediência"; "A insolência é a arma secreta da revolução"; "Trabalhadores do mundo inteiro, divirtam-se!"
Ou esta, que eu acho particularmente linda: "Sorria, a revolução é um processo feliz, aquele que não sorri é nosso inimigo!"
Naquela época os jovens combatiam a polícia, à pedrada ou com coquetéis molotof; combatima os pais, ou, no abstracto, a burguesia, Todavia, insurgiram-se. Eram jovens, e a juventude deles, volátil, e violenta e exultante, fascinou e pertubou o mundo inteiro, e ainda hoje nos fascina e perturba. A juventude aproveita à sociedade ao colocar tudo em causa, mesmo irreflectidamente, porque leva o resto da sociedade a reflectir. Uma sociedade sem juventude não evolui.


Pode parecer paradoxal que eu, muitas vezes, em baixo, com uma cara carrancuda vos peça para se divertirem. No entanto se querem que eu me sinta melhor começem por vocês mesmos: Divirtam-se! Se forem felizes então certamente eu também serei.

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