Cat Power

Um dos dias mais esperados de Maio: dia de concerto de Cat Power.

Comprei os bilhete já tarde pelo que a escolha de lugares não terá sido a mais feliz, ainda mais os preços altos fizeram com que tivesse de encontrar um compromisso.
A curiosidade já me tinha feito ler os comentários do concerto que a menina Chan tinha feito em Lisboa e sabendo como as coisas funcionavam, tinha a certeza que não seria muito diferente.
E de facto assim foi. Toda a cerimónia no final estava planeada mas mesmo assim soube mesmo bem ver a menina a passear pelo público com beijos roubados e seguranças extremamente zelosos. O público gostou e ela também. Isso é o que interessa.
No concerto em si só pecou pela minha dificuldade de perceber as letras. A voz estava demasiada abafada em relação aos outros instrumentos e perdia um pouco da sua alma. Igualmente tive pena de não ter apostado mais em temas originais (todo o The Greatest valia bem a pena) e ter preferido apresentar o último album de covers.
Mas o que realmente tive pena foi de não perdido a cabeça e ter comprado um lugar na primeira fila. Ver a cantar bem de perto e ver-lhe as feições da cara e os gestos do corpo seria certamente uma experiência bem diferente. Mais, ter conseguido ouvir o sapateado com que elas nos brindou seria ainda mais interessante. Sim, a menina de sapatos brancos sapateou o concerto quase todo mas (pelo menos eu) não conseguia ouvir nada.

Tantos aspectos negativos e ainda dou saldo positivo? Sem dúvida! Os amigos, a companhia, as músicas, a banda, as rosas brancas, a entrega fizeram com que fosse um concerto memorável!

Só fiquei com ganas de querer mais, num ambiente bem mais pequeno que o Coliseu. Algo mais simples: só eu e ela!