Passei a noite de ontem e o dia de hoje a pensar no que haveria de escrever aqui. Ontem foi noite de concerto no Coliseu.
Chegar cedo para arranjar um lugar perto da frente, a um metro das grades e mesmo assim ter a pontaria para ter uma torre a minha a frente. Uma primeira parte sofrível com música totalmente desadequada ao espectáculo que se seguia. Analisando melhor, música desadequada aos próprios músicas que a tocavam, pois ainda conseguiam transpor alguma emoção e energia, coisa que o som não tinha. No entanto, para não deixar o lugar é preciso aguentar a necessidade de verter águas e de aguentar música que dá sono. 50 minutos é muito para uma primeira parte destas.
Mas a espera valeu a pena.
Bad Seeds entram em palco. Nick mais tarde para receber uma ovação ainda maior. Com aquela idade ainda se deixa brincar com o ego mas o público não se importa. O espectáculo que ele dá desculpa tudo.
Com um album novo a apresentar, as músicas ao vivo ainda soam melhor: Dig, Lazarus, Dig!!! We Call Upon the Author, Jesus of the Moon, More News From Nowhere ganham ainda mais dimensão ao vivo e fazem justiça as clássicos: Tupelo e Deanna! Não me lembro de ter cantado tanto num concerto, de ter gritado tanto, de ter saltado tanto. Nick Cave é um animal no palco e o resto da sala junta-se a ele. Ninguém quer saber se ele parece um cigano com aquele bigode. Se os trejeitos com os braços fazem lembrar uma ave de rapina. O palco é dele e a música invade os espectadores.
As críticas do concerto em Lisboa punham-me na ponta dos pés? Seria assim tão mau? Durante o concerto notavam-se alguns desentendimentos e experimentações, algumas adaptações para o palco não foram as melhores. Não sendo possível mudar o tom de um momento para o outro, as baladas sofreram. A Into My Arms ficou-se pelos primeiros acordes e a promessa que depois a tocavam. Não o fizeram e soube a pouco.
E terá sido essa a sensação final. De tanta música que podiam ainda ter cantado: gritei pela Mercy Seat, desejei Stranger Than Kindness e todos os duetos como Henry Lee e Where The Wild Roses Grow.
Mas é aqui que sei que ele voltará. Ele prometeu que tocava a Into My Arms e assim quando regressar, espero que sejam num registo mais intimista. Sonhar não custa.
Mesmo perto, as fotos são o costume: de 260 aproveitam-se estas.
quinta-feira, abril 24, 2008
Obrifuckin'gado!
rabiscado por ups às 02:33
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3 Tremuras:
das 260 há uma em que ele olha para alguém que lhe diz. Do you love me? Of course I do!
ele que volte, aqui o esperamos de braços bem abertos!
bjos
A torre tava era à minha frente, à tua frente tava uma gaja histérica -_-
ehehe!
essa torre era de Valencia, spain e a histérica á minha frente era grega de atenas, completamente doente e ansiosa pelo Nick. Do you love me? foi ela. e ainda levou a play list! sortuda.
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