segunda-feira, outubro 22, 2007

Entalado na porta do metro das Laranjeiras

Estou aqui sentado à uns largos minutos em frente ao computador a pensar no que haveria de escrever. Não sei se são falta de palavras, ou apenas falta das palavras certas. A verdade é que tenho ali outro post nos Drafts a que não consegui acabar. O que queria escrever não era o que aparecia no ecrã.
Sabem quando ficam sem palavras, e começam a procurar a palavra que melhor descreve o que sentem mas nunca são bem aquelas... como se a palavra que era realmente apropriada a situação nunca tivesse sido inventada e todas as outras não servem. E aí vem a frustração de não conseguir comunicar em toda a sua plenitude, como se um erro de protocolo tivesse sido descoberto. [E pronto.. mais uma branca!]





Cutting short!

Foi um fim de semana excelente. Bons amigos que nos fazem rir e sorrir. Um bairro alto bem animado, umas docas malucas, uma tarde em cascais a apanhar sol, a baixa de Lisboa que mostra o seu lado mais interessante, o Adamastor que apesar de não ter estado lá à noite aproveitei para ouvir a Soft Black Stars do Antony and the Johnsons, o temível terceiro carril do metro, os taxistas malucos, as vendas de rua, os gelados de santini (em cascais), os tascos típicos portugueses, a ginginha...
De facto já não ia à baixa (e b. alto) lisboeta à largos anos. Tantos que até já nem me lembrava dos sítios e nomes. Valeu bem a pena.




Palavras que não chegam mas que parecem ainda mais fracas quando saem da boca da ponta dos dedos. Será que dentro das nossas cabeças elas fazem mais sentido? Como se mesmo não sendo a palavra perfeita lhes conseguimos associar de forma automática um sentimento ou sentido e assim a palavra parece certa.
Mas quando os outros as lêem, não trazem com elas o sentimento e aparecem nuas.

[E ligar modo divagação :D]

Não gosto ter conversas importantes sem que se consiga ver a cara e ouvir a voz do outro interlocutor. Há sempre confusões quando as palavras são mal entendidas. Quando se ouvem as palavras nuas, há sempre a tendência de as vestir com a primeira roupa ou trapo que aparece a frente e que nem sempre servem como era suposto. Mesmo quando se ouve tom de voz, ou o piscar de olho, ou o sorriso escondido parte do chapéu, ou o manto da palavra por vezes cai e aí a palavra não é a mesma.

Palavras nuas... que apesar de bem tentarem, não conseguem expressar o sentimento.

Quero um alfabeto novo, uma língua nova, um dicionário de subtis sentimentos. Há tanta coisa que gostaria de dizer.

3 Tremuras:

Flaw disse...

Eu diria que és um romântico e não o sabes, mas depois ainda me bates...

É sempre bom estarmos à procura de algo. Parecendo aquela cena dos horóscopos, tás numa óptima altura para traçar planos e tomar decisões na tua vida... ;)

ups disse...

Eu sou romântico e sei-o muito bem. Nunca o neguei.

E o problema não é traçar planos e tomar decisões....

Flaw disse...

então? falta de oportunidades?

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